Habeas Corpus

Meus olhos assustados
Na fresta da janela
O sol em conta gotas
Entra na sala em sentinela.

Cortinas sem vento
Fecham minhas pálpebras
Estáticas e cinzas
Amálgamas.

O sangue ainda no peito
Jaz sem suspiro
Coração oco
Pulsa intranquilo.

Quando foi que o matei?
Talvez no último beijo
Sem o veneno da paixão
Ou no tranquilo abraço
Sem uma gota de tesão.

O certo é que o amor morreu!
Acho que o assassinei
Por excesso de amor, talvez?
®IatamyraRocha

Gravitacional / Prisma


Comentários

Será que há momentos d etanto amor, que o amor morre de amor?

Um beijo e gostei de estar aqui e de refletir contigo.

Carmen.
Celso Mendes disse…
Muito bom o poema! Das belas e muito bem utilizadas imagens das primeiras estrofes ao fecho questionador e muitíssimo interessante, que me fez ficar aqui refletindo. E tudo que me induz à reflexão me agrada.

beijo, amiga!
Iatamyra disse…
Olá Carmen,só agora consegui entrar no blog[Estava dando erro 503..Uma chatice]Obrigada pela visita fico feliz de ser lida e ter meus poemas comentados por você uma Poeta de versos tão primorosos e que generosamente divulga Poesia com maiúscula como dizia o grande Poeta Neruda !!! Bjs e uma ótima semana.
Iatamyra disse…
Olá Celso, desculpe-me por só responder agora teu comentário, é um prazer ter tuas palavras e sua visita sempre iluminada por tua Poesia divina, meu amigo você é um artesão das palavras e com elas você cura almas, assim como a tua profisão faz com o corpo !Bjs e uma semana iluminada de poesias.

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